Barcelona confirma domínio do Espanhol na era Iniesta
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abril 30, 2018
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O título do Barcelona, garantido com a vitória sobre o Deportivo La Coruña, por 4 a 2, neste domingo (29), confirma um domínio inédito na história do clube na Espanha.
Com Andrés Iniesta, os catalães venceram 9 dos 16 títulos nacionais disputados desde 2002. O meia, que venceu 32 torneios no Barcelona, deixará a equipe no final da temporada, em maio.
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Iniesta começou a partida no banco e só entrou aos 41 minutos do segundo tempo. O time já vencia por 4 a 2, gols de Messi (3) e Coutinho.
Ao entrar em campo, o camisa 8 foi aplaudido de pé pelos torcedores no Estádio Riazor. Apesar da forte identificação com o clube catalão, Iniesta é ídolo em toda a Espanha. Nascido em Albacete, marcou o gol que deu o título à Espanha na Copa do Mundo de 2010, contra a Holanda.
O jogador tem o carinho até dos torcedores do Espanyol, principal rival na Catalunha.
Agora, ao sair do Barcelona, o craque se despede numa realidade completamente distinta da que viu quando ascendeu das categorias da base para a equipe profissional, na temporada 2002-2003.
O clube vivia um jejum de conquistas de quatro anos, que perdurou até 2005. A diferença para o Real Madrid era de 13 taças do Espanhol. Hoje ainda são oito troféus de diferença.
No clube desde os 12 anos de idade, é um exemplo de um modelo implementado na equipe, de aproveitamento da base somado à contratação de craques estrangeiros.
Na temporada 2004-2005, liderado por Ronaldinho Gaúcho e com Iniesta em papel de coadjuvante (fez apenas 10 jogos como titular), o Barcelona enfim encerraria o incômodo jejum no Espanhol. O título no campeonato seguinte ajudou a diminuir a distância para o Real Madrid, que já vivia o processo de decadência da era dos Galáticos.
Essa política do time da capital espanhola, inclusive, encontraria grande contraste no fim da década justamente no rival, que passava cada vez mais a utilizar jogadores da base no time principal.
Com Pep Guardiola a partir da temporada 2008-2009, o Barcelona atingiu o ápice no aproveitamento dos atletas formados em casa.
No primeiro Campeonato Espanhol obtido de uma sequência de três com Guardiola no comando, 16 jogadores que vieram da escola de La Masia pisaram no gramado em algum momento do torneio.
Iniesta já deixara de ser coadjuvante havia algum tempo para se tornar, ao lado de Xavi e Lionel Messi, emblema do jogo do atual técnico do Manchester City.
Em 25 de novembro de 2012, contra o Levante, o que muitos julgavam utopia foi realizado na vitória por 4 a 0. Com a lesão de Daniel Alves ainda no início do jogo, Tito Vilanova, que substituíra Guardiola, mandou a campo Montoya. Dessa forma, estavam dispostos 11 atletas surgidos da base.
O título desta temporada marca a conquista com menos jogadores da base, só 7, mas de grandes investimentos em Dembelé e Coutinho. Simbólico também que marque a última temporada de Iniesta com a camisa do Barcelona.
Capitão do time desde a saída do companheiro Xavi, o camisa 8 deve passar a braçadeira para Messi. Assim, o grupo mantém uma trajetória de capitães da casa. Antes de Xavi, Carles Puyol foi o dono do posto até 2014, quando se aposentou.
O Barcelona fecha um capítulo grandioso de sua história com o adeus de Andrés Iniesta. E o futebol espanhol, que o aplaude de pé, também.
Sem milagre, refúgio de brasileiros cai no Espanhol
QUEDA DO LA CORUÑA
A vitória que determinou o título do Barcelona resultou na confirmação do rebaixamento do La Coruña. Em uma noite com garoa insistente na capital galega, o time da casa não conseguiu fazer o que seu técnico, o holandês Seedorf, havia classificado como "um milagre".
Na década de 1990 e no início dos anos 2000, a equipe foi apelidada de Super Dépor, pelo desempenho positivo na elite espanhola.
Neste período de bonança, o clube conquistou duas Copas do Rei (1994-1995 e 2001-2002), um Campeonato Espanhol (1999-2000) e três Supercopas da Espanha (1995, 2000 e 2002). Além disso, esteve presente na Liga dos Campeões de 2000-2001 a 2004-2005.
Entre os principais jogadores da história do La Coruña estão brasileiros: Mauro Silva (1992 a 2005) e Djalminha (1997 a 2004), além do atacante Bebeto (1992 a 1996) e o volante Donato (1993 a 2003).
Rivaldo, Luizão e Flávio Conceição também atuaram nos anos mais gloriosos do clube galego, que teve o segundo rebaixamento na década atual. Já havia caído para a segunda divisão em 2011. Com informações da Folhapress.
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